terça-feira, 8 de julho de 2008

"Tive razão...

"Tive razão.
Posso falar.
Não foi legal.
Não pegou bem.
Que vontade
de chorar. Dói..." (Su Jorge - Tive Razão)

Eis que renasce a menina indecisa, eis que surge aquela insegurança. Todo a insegurança de não se saber do que se trata de não ter coragem de questionar...
Melhor acho que não é insegurança não. É medo. Medo de ouvir a verdade dele, medo de que eu esteja certa e que não é a mesma coisa para nós dois. (puxa vida, quando é que isso vai acabar).
Não. Não é isso, eu não quero que acabe o romantismo, eu não quero que acabe o sentimento, as verdades que eu tenho certeza que são verdades. Quero que acabe a desconfiança, a que eu sinto de preferência. Quero que ele me de certeza todos os dias. Que ele me transmita confiança todos os dias.
Mas não é assim. Não sempre, como eu gostaria que fosse. Estou pedindo demais?! Mas por que seria demais, se eu faço o impossível para não decepcioná-lo. E ele?! Por que não faz assim? Por que não me entende quando eu mais preciso?! Por que não conversa quando eu MAIS preciso. Parece brincadeira né! Mas não é não!
Sim, é. Ele conversa comigo, ele me entende. Quase sempre. Mas e agora, por que eu não sinto confiança em conversar com ele. Se saio espalhando por aí que ele é o homem da minha vida? Por que não consigo? Por que os medos, a incerteza, insistem em me trancar em mundo que eu não quero ficar? (Puxa vida, quando é que isso vai acabar?)

Hoje tem um pedacinho de mim, digamos que 0,5% que não quer mais isso.Não quer mais desconfiar. Não quer mais insistir. Não quer mais ligar. Explicar o que não explica. Dar razão para tudo, e para o que não se tem. A tudo e a todos aceitar. Basta-o indicar. Tem um pedaço de mim que não quer mais isso.

Agora o por que estou falando isso!? Por que ontem, eu descobri que ele falou com ela mês passado.. Que ele mandou mensagens para ela. E depois quer que eu acredite, que não vê mais, que não se falam, que ela o procura, que ela é a culpada, que ele mudou. Mudou como?! Mudou o que? Porque ele não pode fazer isso por mim, ele não pode ceder, ele não pode mais do que já fez.
E pra mim, não é suficiente, eu quero ele inteiro. Quero-o pra mim apenas. É só o que eu quero. E se em um ano ele não pode ser só meu, mesmo eu sendo inteira. Inteira dele. Por que seria agora? Não, ele não é capaz de mudar.
Eu mudei, por ele eu faço o que não faria por ninguém. Por ele eu me entreguei de forma inigualável. Por ele eu fui diferente. Por ele eu fiquei doente. Por ele eu descobri que sofro de pressão alta. Por ele cuidei.Por ele eu enlouqueci. Por ele eu fiz tanta coisa. Por ele economizei. Por ele eu gastei. Por ele surpreendi a mim mesma. Por ele eu fui só dele. Por ele eu fui, e sou! Por ele eu não sei mais se ainda serei.
E sabe o que dói. Mesmo eu tendo certeza de tudo isso. Dói que eu o amo, não o deixo por amá-lo. Amo o toque, o olhar, o cheiro, o carinho, os momentos de confissões. Momentos que hoje não me parecem mais serem verdadeiros. Eu não consigo nem falar isso para ele. Amo os momentos que
Hoje a minha vontade é de sumir e não dar explicação. Sumir para um lugar assim bem longe de tudo. Bem longe de todos. De todos. Exatamente todos. Com pessoas que não conheço. Com pessoas que não me cobram. Fugir sem medo. Só com a cara e a coragem.
“Hoje eu acordei tão só. Mais só do que eu merecia.”

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